Blog Post

8º matéria sobre o Gudbol, Esportes Jornal Acrítica, edição de Domingo 01/01/1995 - Manaus /AM.

W R • 25 de maio de 2021

A reportagem destava que "Cresce o número de adeptos do Gudbol".

Manaus, domingo, 1º de janeiro de 1995

Cresce o número de adeptos do Gudbol

O Gudbol, um jogo de futebol com bolinhas de gude, continua movimentando a cidade e assegurando novas adesões. Dessa vez o inventor da brincadeira, Walter de Oliveira Bandeira (agora “Walter Gudbol”), está expondo sua invenção no Nova Shopping e ao mesmo tempo ensinando as técnicas do jogo e promovendo torneios que resultam na conquista de medalhas.
Walter Gudbol explica que todas as dificuldades que têm encontrado para difusão de seu invento ainda não o levaram a desistir de seu objetivo: Fazer com que o Gudbol seja praticado em todos os cantos de Manaus e, posteriormente, em todo o Brasil. Segundo ele, os lojistas do Estado não demonstraram interesse em comercializar os Kits do jogo que contém, além da quadra com bolinhas personalizadas, a mesa apropriada. “Eu senti nessa rejeição um certo preconceito pelo fato de o produto ser da terra, ao contrário do que acontece com os importados”, se queixa Walter.

texto da imagem: Walter “Gudbol” ensina técnicas do jogo

Apesar das dificuldades, o Gudbol vai de “vento em popa” e em tempo, acredita Walter, já estará no calendário esportivo do Estado. “O gerente financeiro da Urbam, apresentou um projeto de eventos para a Prefeitura de Manaus, onde o Gudbol é uma nova alternativa de lazer”, conta ele.
Atualmente Walter está se organizando para que no começo do próximo ano seja disputado no Amazonas o I Campeonato de Gudbol. Para que a competição seja um sucesso o inventor não para. “Estão sendo aperfeiçoados alguns componentes do jogo, entre eles a barreira de proteção, que agora impede que as bolinhas caiam”, diz, acrescentando que agora o manual explicativo, que faz parte do kit, é computadorizado.
Mas para que seu sonho de difundir o Gudbol se torne realidade, Walter conta o apoio do Guaraná Real, que tem patrocinado todas suas iniciativas de divulgação do jogo, inclusive a exposição no Nova Shopping, que começou dia 12 de dezembro e vai até meados de fevereiro de 1995. “Está em estudo uma promoção do Guaraná Real, que dará um Kit completo do Gudbol a quem encontrar uma tampinha premiada do refrigerante”, adianta Walter.
Os Interessados em aprender as “técnicas e manhas” do futebol de bolinhas podem comparecer ao Nova Shopping das 15h ás 22h ou no salão de jogos, localizada na Av. Joaquim Nabuco, 1656, Salas 204 e 206, onde também estão sendo vendidos os Kits com o produto. Quanto ao campeonato de 1995, Walter avisa que será dividido em etapas, entre os bairros e colégios da cidade. Quem quiser participar pode fazer sua inscrição no salão de jogos ou pelo telefone 234-5577.
Walter informa que o jogo exige muita habilidade e acima de tudo um raciocínio rápido. “A aceitação do Gudbol e muito grande e pessoas de ambos os sexos e de diferentes faixas etárias estão praticando”. O sucesso da brincadeira pode ser vista diariamente no Nova Shopping. Boa parte do grande número de pessoas que passam por lá para em uma das cincos mesas com o jogo e recebe informações dos oito instrutores que se encontram no local para quaisquer esclarecimentos.  

Por Por João Felipe 12 de novembro de 2021
Futebol de bolinhas; criado Pautado sobre os três princípios máximos que regem a compatividade do certame - Respeito ao Adversário; Direito de defesa e a Infração
Por W R 25 de maio de 2021
Gudbol emplaca como esporte O que tem a ver um administrador de empresa e um bem-sucedido jogador de bolinhas de gude? A princípio, nada. Mas, ao se falar em Walter Gudbol, a coisa muda de sentido. Ele é o criador do esporte mais genuíno do Amazonas, o Gudbol, que foi inspirado no futebol e surgiu em 78, ano da Copa do Mundo na Argentina. Na época, Walter morava na rua 8 do Parque Dez de Novembro, e foi influenciado pelas atuações não muito convincentes da Seleção Brasileira. “Achei que jogar turite, ronda-mata e ronda-dedo (jogo de bolinha) eram jogos muito simples, e tive a ideia de criar o esporte”, afirma Walter, que começou a jogar nas ruas, desenhando o formato do campo. Da rua, o jogo foi para a casa de Walter e de seus amigos, onde passou a ser praticado em tapetes que muitas vezes eram recortados. O primeiro torneio em Manaus foi o “Giselinha de Jesus”, que contou com 10 equipes participantes, do qual Walter consagrou-se vencedor. Parceria Atualmente – segundo seu criador, o gudbol passa por uma fase de procura de patrocinadores e de parceiros, em busca da industrialização do jogo, com a finalidade de atingir as camadas populares, já foram feitos acertos para tornar disponíveis os Centros de Desenvolvimento Comunitários (CDC’s). “O que faltam são patrocinadores que nos garantam infraestrutura para a viabilização desse projeto”, afirma. O salão-sede fica na rua Jonatha Pedrosa, 326-A, e está sendo inaugurado para a viabilização desse projeto”, afirma. O salão-sede fica na rua Jonatha Pedrosa, 326-A, e está sendo inaugurado nos próximos dias outro mais espaçoso, na Av. Liberdade, n° 451, Santo Agostinho. Em ambos está sendo realizado o torneio Campeão dos Campeões, que dá prêmios de até R$ 1 mil e 500 ao vencedor. Há instrutores para ensinar o esporte, inclusive para mulheres. Os “gudebolistas” inscrevem-se nas categorias bronze, prata e absoluto, e o campeão enfrentará Walter Gudebol na final. ___________________________________________________________________________________________________________ Paralelo a essa competição, também está acontecendo um torneio paralelo, nas escolas Ceima, Ciec e Pequeno Príncipe. O Kit do Gudbol pode ser comprado ao preço de R$4,00 (um time), R$7,00 (dois times, sem campo), R$20,25 (campo), R$25,00 (dois times com campo), R$39,00 (kit com barreira), R$165,00 (mesa desmembrada), R$ 180,00 (kit com mesa desmembrada), R$ 210,00 (mesa fixa) e, R$ 225,00 (kit com mesa fixa). Um Kit completo do gudbol pode ser comprado, nas próprias sedes, ao preço de R$225,00 (com mesa fixa). Estratégia é fundamental Para ter sucesso no Gudbol – conta ele – “é preciso ter técnica, habilidade e principalmente, estratégia. Com os paulistas isso acontece de forma diferente, pois eles podem diferente, pois eles podem até ter a malicia, mas ainda percam nesses três fatores”, diz o criador. Como é o jogo Os times do Gudbol são formados por onze jogadores, divididos em três tipos de bolinhas, que são: (01) Um Arqueiro-gol – é a menor bolinha, e alvo principal do jogo; é o único jogador que não se movimenta no jogo; (05) Cinco Zagueiros – bolinhas maiores, que defendem diretamente o Arqueiro-gol; (05) Cinco-meio-de campo/ Atacantes – bolinhas intermediárias que servem para atacar o adversário; seu tamanho facilita lances como: batida de centro, gol por cobertura e drible. Os times ainda possuem na reserva três jogadores: um Arqueiro-gol, um Zagueiro e um Meio-campo, para casos de perda, esquema tático e substituição. Movimentação Para se jogar, deve-se usar os dedos das mãos ou palheta própria para o jogo, sendo que a bolinha deve ser batida e não conduzida. Cada pessoa pode jogar uma vez, sendo que só pode movimentar uma única bolinha com o dedo ou palheta, porém, sendo permitido movimentar mais de uma através da bolinha que ele movimentou. Quando a partida for por tempo, cada um dispõe de quinze segundos para realizar uma jogada, sob pena de perder a vez. No caso de movimentação indevida a jogada será considerada faltosa. Fora de jogo Fica fora de condições de jogo quem ultrapassar as laterais, linha de fundo e no ato do impedimento. Quando fora de jogo, a bolinha impedida deve ficar na mão do técnico, podendo ser reposto a qualquer momento pela linha de fundo de seu campo, com exceção da grande e pequena área. Ações possíveis Quase todas as ações de um jogo de futebol são possíveis, como o drible, tabela, gol por cobertura, pênalti, falta, impedimento, utilização de linha burra (onde, para fazer o gol, não depende exclusivamente a pontaria, e sim uma boa jogada ou melhor esquema tático). Início No começo do jogo o tiro inicial será decidido por meio de sorteio; o quadro favorecido pela sorte tem o direito de escolher se inicia a partida ou dá esse direito ao adversário. Armação dos jogadores Quem faz o primeiro lance, posiciona primeiro seus jogadores, só podendo fazer a jogada após posicionamento inicial, os jogadores não podem estar colocados e nem posicionados dentro do círculo central, da grande ou pequena área, sendo que no círculo central só podem estar os jogadores que vão iniciar a partida.
Mais Posts
Share by: